Profissionais acreditam não estar preparados para a posição que ocupam
A edição de fevereiro/2014 da revista Você S/A traz como reportagem de capa o tema denominado "Síndrome do Impostor", um termo ainda não muito conhecido e divulgado que define um sentimento das pessoas em relação às suas conquistas e realizações, tanto profissionais quanto pessoais.
Quantas vezes você já se questionou se aquela sua promoção foi merecida? Se todas as suas conquistas não foram na base da sorte, ou então você só conseguiu algo por estar no lugar certo na hora certa?
Segundo tal reportagem, se você faz tais questionamentos com frequência, você potencialmente pode ser portador da Síndrome do Impostor. Mas calma, tal síndrome não é uma doença e sim a definição de um sentimento de fraude.
Segundo tal reportagem, se você faz tais questionamentos com frequência, você potencialmente pode ser portador da Síndrome do Impostor. Mas calma, tal síndrome não é uma doença e sim a definição de um sentimento de fraude.
É natural que o ser humano se questione o tempo todo. No mundo de hoje, onde as pessoas são multi-tarefas, buscam a excelência em todas as atividades que fazem e possuem alta exposição virtual (que faz com que você se compare o tempo todo com seus conhecidos e pares), é natural o desenvolvimento desse tipo de sentimento, já que você nunca se sentirá bom suficiente pois sempre haverá alguém que estará a sua frente. Entretanto, não considero a Síndrome do Impostor como sendo um problema.
Particularmente, sempre questionei as minhas decisões, caminhos que estou seguindo e onde quero chegar. Acredito que sem esse tipo de questionamento você se torna apenas mais um e estará "sendo levado pela onda", sem ter nas mãos a rédea da sua vida, tanto pessoal quanto profissional. Meu primeiro questionamento desse tipo foi com relação ao vestibular, pois não acreditava estar preparado para ingressar na faculdade em que me formei. Posteriormente, questionei o por quê de ter passado em determinados processos seletivos que tiveram milhares de candidatos, bem como se minhas promoções foram merecidas e se eu realmente estava preparado para assumir determinadas funções.
Mas com o tempo, fui enxergando que ninguém nunca está 100% preparado para nada mas que, demonstrar interesse, boa vontade, humildade e dedicação são os fatores que mais contribuem para sua adaptação a uma nova situação, especialmente à um novo cargo. Por isso, nas entrevistas de emprego, principalmente para cargos de gestão, as questões comportamentais são muito mais testadas e valorizadas do que as competências técnicas, já que adquirir conhecimentos técnicos é relativamente mais fácil do que mudar características comportamentais, que tem como base a história pessoal de cada um.
Num post anterior (A supremacia da aparência no mercado de trabalho) falei sobre um tipo de fraude que eu particularmente acredito que exista em maior proporção no mercado profissional e que, sem nenhuma dúvida, é muito mais preocupante do que a Síndrome do Impostor - a Síndrome da Aparência. Na minha opinião, existem muitos profissionais que efetivamente ocupam cargos sem efetivamente estarem preparados para tal e que alcançaram tais postos através do marketing pessoal. A grande maioria destes não se enxergam como sendo uma fraude, mas sim como grandes profissionais. E na minha opinião, a Síndrome da Aparência efetivamente é muito mais preocupante do que a Síndrome da Fraude.
E você, nosso leitor, já se sentiu uma fraude alguma vez na vida? Acredita nessa Síndrome? Síndrome do Impostor ou Síndrome da Aparência: o que você acha mais preocupante?
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By Boss.
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