Amigos, amigos... oportunidades profissionais à parte!

Há grandes chances que seus amigos não te ajudem a conseguir seu próximo emprego


Já enfatizamos muito sobre o poder do networking para atingir objetivos profissionais, seja conseguir uma nova oportunidade profissional, mudar de área dentro da mesma empresa ou até mesmo conseguir a tão almejada promoção. 

Quando ativamos nossa rede de contatos, é natural que comecemos pelos amigos mais próximos, pessoas que, mais que meros contatos profissionais, participam da nossa vida e com as quais temos uma relação de afeto.

Logo, amigos têm a maior possibilidade de nos ajudar a conseguir a próxima oportunidade profissional, certo? A resposta é: nem sempre. Eu me surpreendi quando vi este dado em um curso online gratuito que estou fazendo da Stanford University: 

de 54 pessoas que encontraram seus empregos através de laço social:
  • 16,7% via relacionamento forte  (no mínimo 2 interações por semana)
  • 55,7% via relacionamento médio (no mínimo 1 interação por ano)
  • 27,6% via relacionamento fraco (menos de 1 interação por ano)*
Surpreso(a)? Eu também fiquei e a primeira reação foi de negação, ainda mais que a amostra é muito pequena para chegar a qualquer conclusão. Mas quando eu vi a justificativa, concordei: "laços mais fracos formam 'pontes' na rede diminuindo a redundância" (pense na sua rede de contatos como uma rede física, como a da figura acima). Simplificando, grandes amigos geralmente fazem parte do mesmo círculo de amizades e há grandes chances que suas redes de contatos sejam semelhantes. Já seus conhecidos possuem outros círculos de amizade, diferente do seu. Logo, quando você envia seu CV a um conhecido, há maiores chances que ele chegue "mais longe" que quando você envia a um amigo.

Pensando na minha carreira, os empregos que eu consegui através de rede de contatos foram realmente através de amigos mais distantes ou de pessoas com quem eu me conectei especificamente para buscar oportunidades (uso bastante o LinkedIn para aumentar minha rede de contatos). 

A grande lição aprendida com a análise destes dados é que devemos valorizar não somente os amigos mais próximos, mas também os conhecidos. Veja que os conhecidos não são necessariamente pessoas com as quais você tem pouca afinidade. Podem ser ex-amigos próximos dos quais você se distanciou pelas circunstâncias da vida, tais como ex-colegas de faculdade, ex-colegas de trabalho, ex-companheiros de intercâmbio.

Na era das redes sociais, os laços de amizade acabam se enfraquecendo. Acabamos nos mantendo presente somente curtindo uma foto ou comentando em um status no Facebook, ao invés de mandar um e-mail mais pessoal, ou até dar um telefonema em alguma data especial (alguém ainda usa o telefone hoje em dia?). 

Que tal aproveitarmos que o primeiro mês do ano ainda não acabou e incluirmos mais uma resolução na nossa lista: 'colocar mais energia para cultivar nossas relações interpessoais'? Assim beneficiaríamos ao mesmo tempo nossa vida pessoal e profissional. E quando você for enviar CVs para buscar novas oportunidades, não envie somente para os amigos com quem você faz happy hour toda semana. Envie também para os seus amigos com os quais você não fala todo dia, mas que quando encontra, sempre tem muita história para contar. E não se atenha somente às pessoas que estão na mesma indústria, ou área de atuação que você, porque você nunca sabe quem podem ser os contatos dos seus amigos.

E você, costuma conseguir mais oportunidades através de amigos ou conhecidos? Compartilhe conosco suas experiências!

Texto by Exec

*Dado do curso Social and Economic Networks, Stanford University - coursera.org

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