Feedback Profissional: já solicitou o seu?

A importância do feedback no desenvolvimento profissional


Por mais clichê que a palavra "feedback" possa soar hoje em dia, ainda existem empresas e profissionais que insistem em não "discutir a relação". Sim, o feedback, nada mais é do que a discussão da relação entre empregado e empresa e eu o vejo como sendo uma forte ferramenta de direcionamento da carreira de qualquer profissional.

Mas, apesar de ser uma prática bastante divulgada, acredito que o feedback esteja consolidado somente nas grandes corporações, principalmente nas empresas multinacionais. Já trabalhei em empresas multinacionais e nacionais, de médio a grande porte e em somente uma delas a prática do feedback era incentivada e obrigatória, inclusive.
Nas demais, o RH não possuía nenhuma iniciativa para incentivar o feedback entre gestores e subordinados e, além disso, não havia uma cultura de se dar feedback, nem mesmo de se solicitar um. 

Com isso, vivenciei diversas situações, em que o chefe sempre criticava as atividades feitas por um funcionário para as demais pessoas da equipe, entretanto, o mesmo nunca parou nem um minuto para explicar ao seu subordinado que ele não estava atendendo às suas expectativas. Dessa maneira, o subordinado continuava fazendo as atividades da sua maneira usual, já que, na concepção dele, ele estava atendendo ao esperado pelos seus superiores.

Já na empresa em que o feedback é uma prática obrigatória, ele ajudou a corrigir alguns erros de percurso de muitos profissionais, já que ao longo do trajeto tinha-se o hábito de discutir os pontos fortes e fracos do profissional. Em situações mais extremas, eram traçados planos de ação para que o profissional pudesse se desenvolver. Todas avaliações são formalizadas, e, obrigatoriamente, previamente discutidas com os avaliados. As avaliações eram, ao final de cada ano, revisadas por um comitê, cuja performance anual do profissional influenciaria benefícios aos funcionários, como por exemplo, participação nos lucros e bônus. 

Por ser obrigatória, claro, essa prática gera algumas situações inusitadas. Por exemplo, qualquer profissional tem direito a solicitar feedback para qualquer trabalho executado superior a 40 horas, sendo que eu considero praticamente impossível ter condições de se avaliar um profissional em tão curto período de tempo. Em outras, para cumprir prazos, as pessoas não davam o enfoque necessário nas avaliações e faziam somente para cumprir tabela. Em cargos mais altos, por exemplo, eram raros os casos em que havia formalização das avaliações. 

Mas, independentemente de ser obrigatória ou não, algo que realmente me incomoda nessa história toda do feedback é simplesmente o fato das pessoas não conseguirem separar relações pessoais das relações profissionais (conforme já falado aqui). Na grande maioria das vezes, não interessa muito o quanto profissionalmente você é um bom. Sua relação pessoal com seus superiores, dentro e fora da empresa, é que irá determinar uma avaliação positiva no seu processo de revisão de performance. Infelizmente, já vivenciei várias dessas situações e elas são muito comuns, acredite você ou não!

Mesmo assim acredito que o feedback é uma ótima maneira de se corrigir "erros de trajeto", além de permitir uma comunicação entre empresa e empregado, de maneira que ambos alinhem as expectativas e possam seguir na mesma direção para alcançar as metas em comum, tanto profissionais quanto pessoais. 

Se sua empresa e seus gestores não possuem o hábito de dar feedback, que tal iniciá-lo? Tente chamar seu chefe para tomar um café ou até mesmo um almoço e converse sobre o seu desempenho. Sem dúvida nenhuma, a comunicação é a principal ferramenta que você pode utilizar a seu favor para fortificar a sua carreira.

By Boss.

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