Quando uma proposta de emprego não está alinhada à objetivos de carreira
Há
uns 2 meses atrás, apesar de estar me dedicando a alguns projetos
pessoais, acabei participando de processos seletivos. No início, fui
participando sem muito interesse, mas à medida em que os
processos foram prosseguindo, vislumbrei boas oportunidades e me empolguei com os mesmos. Em
determinado momento, estava participando de 4 processos seletivos
simultaneamente. Entrevistas via skype, por telefone, presenciais,
viagens para entrevista e além dos meus projetos pessoais. Devo
ter ficado por volta de 1 mês nessa rotina, que, acredite você ou
não, estava consumindo muitas horas do meu tempo. (Veja mais sobre minha trajetória profissional em Pedi demissão! E agora?)
Dos
4 processos seletivos de que participei, recebi 2 propostas de trabalho.
Ambas para São Paulo, e, apesar de não ter nada contra a mudanças
(não moro em SP mas acredito que lá será meu domicílio muito em
breve), esse fator pesou um pouco para eu decidir em não aceitar
nenhuma das duas ofertas de trabalho. Sim, eu tive duas ofertas de
trabalho e mesmo desempregado, as recusei. Loucura? Acredito que não.
Alguns
fatores muito específicos me fizeram desistir de prosseguir em
frente com as ofertas de trabalho recebidas. Em ambas, o salário não era
muito atraente. Entretanto, esse não foi o fator decisivo, já que
em nenhum momento da minha carreira, minha decisão de permanecer ou
trocar de emprego foi baseada exclusivamente na questão salário.
Na
primeira empresa, percebi que havia um fogo cruzado entre a gerência
do Brasil e o headoffice no exterior. A alta gerência do Brasil
queria um determinado perfil de profissional e o headoffice tinha em
mente outro perfil, não muito semelhante. Essa falta de alinhamento
de expectativas ficou muito evidente durante todo o processo
seletivo, já que nenhuma das partes sabia exatamente quais seriam as
atribuições do profissional. Além disso, faltou profissionalismo
na hora de fazer a job offer. A empresa queria que eu começasse a
trabalhar imediatamente (apesar de ter demorado semanas em dar
resposta final e apresentar a oferta) e a empresa também não foi
nem um pouco flexível na questão da minha mudança - “Preciso de
você aqui segunda-feira, mas não podemos disponibilizar nenhuma acomodação”.
A primeira entrevista após a demissão
Além
disso, a job offer não foi bem feita. A empresa
somente apresentou o salário nominal, mas não apresentou quais os
benefícios eu teria (salário variável, tickets, seguro de vida, plano de saúde, dentre outros). Quando
questionei, fui informado que tudo isso seria fechado na outra
semana, quando, na teoria, eu já deveria estar trabalhando. E, como
sempre ocorre, eu teria um dia (sim, um dia), para decidir se
aceitaria ou não essa proposta.
Apesar
disso, demorei 3 dias para dar a resposta. Não posso decidir mudar
radicalmente minha vida em 24 horas, ainda mais sem tanta informação
disponível. Resolvi então, após muito refletir e discutir com
diversos amigos, não apostar na combinação salário não
atraente + falta de job description + desconhecimento de benefícios
+ mudança a qualquer custo para SP.
Num
processo seletivo, ambos candidato e empresa devem se mostrar
atraentes, caso contrário, nenhuma das partes se interessará nessa
união. E eu particularmente acredito que, se no início as coisas já
não vão bem, durante o curso empregatício, a probabilidade delas
piorarem aumenta. Portanto, não senti firmeza nessa empresa e
resolvi dizer “NÃO” para essa oportunidade.
No
meu próximo post, falarei sobre os motivos que me fizeram não
aceitar a outra oferta de trabalho.
E
você, já tomou alguma decisão parecida? O que achou da minha
decisão? Compartilhe conosco sua experiência!
By Boss
Quando uma proposta de emprego não está alinhada à objetivos de carreira
Dos 4 processos seletivos de que participei, recebi 2 propostas de trabalho. Ambas para São Paulo, e, apesar de não ter nada contra a mudanças (não moro em SP mas acredito que lá será meu domicílio muito em breve), esse fator pesou um pouco para eu decidir em não aceitar nenhuma das duas ofertas de trabalho. Sim, eu tive duas ofertas de trabalho e mesmo desempregado, as recusei. Loucura? Acredito que não.
A primeira entrevista após a demissão
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