Até que ponto uma indicação faz diferença nos processos seletivos?
Após uns 6 meses de período sabático (veja mais no post Um período sabático pode comprometer sua carreira?) , resolvi participar de mais processos seletivos para voltar a trabalhar, já que boa parte dos projetos pessoais que eu queria desenvolver já haviam sido finalizados e os demais eu conseguiria conciliar com o trabalho a partir de então.
Com isso, entrei em contato com novos headhunters, apliquei para centenas de vagas via internet, especialmente sites como Linkedin, Vagas.com e Catho, cadastrei meu CV nos sites das empresas para as quais eu gostaria de trabalhar e, por último, reativei contatos com ex-colegas de trabalho. Eu queria provar para mim mesmo que minha recolocação profissional ocorreria rapidamente, e principalmente, que eu não dependeria de ninguém para isso. Mas, para minha surpresa, eu estava muito enganado.
Quando comecei a procurar por novas oportunidades, resolvi focar no mercado de trabalho de São Paulo, por diversos motivos. Em primeiro lugar, por ser a localidade que no Brasil possui maior quantidade de oportunidades. Em segundo lugar, por ser o local onde a maior parte das grandes empresas e das empresas para as quais eu gostaria de trabalhar possui escritórios. E por último, principalmente, por ser uma cidade cosmopolita, onde eu acredito que as pessoas são mais profissionais no ambiente de trabalho.
Fui convidado a participar de alguns processos seletivos para trabalhar em São Paulo. Cheguei a receber e recusar uma oferta de trabalho por lá (veja mais em Recusando uma proposta de emprego), entretanto, para os demais processos, não recebi nenhuma proposta. O motivo, segundo alguns conhecidos e headhunters, seria o fato de eu não residir e não possuir experiência de trabalho em São Paulo. Logo, minhas referências profissionais não teriam um peso tão grande quanto se fossem feitas por profissionais residentes em São Paulo e isto, aliado ao fato de eu ter que me mudar para São Paulo, possivelmente contribuiu fortemente para que eu não conseguisse trabalho por lá.
Paralelamente aos processos seletivos de São Paulo, também participei de processos seletivos na minha cidade e em cidades adjacentes. Nesse ínterim, apareceu um processo seletivo no qual fui indicado por um amigo para entrevistar diretamente com o CFO. Vislumbrei nessa oportunidade um projeto bastante interessante e promissor, bem alinhado com tudo que eu vinha buscando (tanto na oportunidade/cargo em si quanto no ambiente de trabalho).
Participei da entrevista com o CFO, que correu muito bem e foi bastante focada nas minhas experiências e competências, fugindo completamente das "entrevistas-clichês" que fiz ao longo da minha busca por um novo trabalho. Como estava muito interessado na oportunidade, encaminhei um e-mail de agradecimento ao CFO, ressaltando que meu interesse em ir trabalhar para a empresa (veja mais em O quê fazer depois da entrevista de emprego?). Além disso, fiz follow up com meu amigo que me indicou para a vaga, agradecendo a indicação e salientando meu interesse na posição, e também entrei em contato com meu ex-chefe, após descobrir que ele também era amigo pessoal do meu atual Diretor.
Participei da entrevista com o CFO, que correu muito bem e foi bastante focada nas minhas experiências e competências, fugindo completamente das "entrevistas-clichês" que fiz ao longo da minha busca por um novo trabalho. Como estava muito interessado na oportunidade, encaminhei um e-mail de agradecimento ao CFO, ressaltando que meu interesse em ir trabalhar para a empresa (veja mais em O quê fazer depois da entrevista de emprego?). Além disso, fiz follow up com meu amigo que me indicou para a vaga, agradecendo a indicação e salientando meu interesse na posição, e também entrei em contato com meu ex-chefe, após descobrir que ele também era amigo pessoal do meu atual Diretor.
Dias depois, veio a oferta de trabalho para essa posição. Dos demais processos seletivos em São Paulo, até o momento não tive mais notícias, desrespeito este já mencionado nesse blog, especialmente nos posts A falta de transparência nos processos seletivos e Processos seletivos podem desrespeitar candidatos. Mas, e se eu não tivesse recebido essas indicações, eu teria conseguido a minha atual vaga de trabalho?
Eu sinceramente acredito que não. Por mais que eu, sem modéstia nenhuma, sei que sou um bom profissional, com bom perfil técnico e boas habilidades interpessoais e de gerenciamento de times, tenho plena consciência de que os entrevistadores, na sua grande maioria, levam em consideração algum fator pessoal na escolha do candidato, sendo a indicação e endosso por pessoas conhecidas as mais relevantes.
Eu sinceramente acredito que não. Por mais que eu, sem modéstia nenhuma, sei que sou um bom profissional, com bom perfil técnico e boas habilidades interpessoais e de gerenciamento de times, tenho plena consciência de que os entrevistadores, na sua grande maioria, levam em consideração algum fator pessoal na escolha do candidato, sendo a indicação e endosso por pessoas conhecidas as mais relevantes.
Para o bem e para o mal, as indicações ainda são ainda uma grande fonte para o preenchimento de vagas no mercado de trabalho no Brasil. E você, já conseguiu propostas de emprego através de indicações? Ou já esteve do outro lado da moeda e percebeu que foi excluído de um processo seletivo por não ter nenhuma indicação?
Dê-nos a sua opinião!
By Boss
mto bom o blog
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